sábado, 7 de junho de 2014

Emprego do hífen - algumas dicas.

EMPREGO DO HÍFEN

O hífen tem como função:
- ligar palavras compostas;
- fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas verbais, representadas pela mesóclise e ênclise;
- separar as sílabas de um dado vocábulo;
- ligar algumas palavras precedidas de prefixos.

Com a Nova Reforma Ortográfica, houve algumas mudanças em relação à aplicação.

1) Casos em que se emprega o hífen
1.1) O hífen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma vogal: micro-organismo, anti-inflamatório, anti-inflacionário, micro-ondas

Essa regra padroniza algumas exceções já vigentes antes do novo acordo: auto-observação,  auto-ônibus, contra-atacar. Não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo: coobrigar, coadquirido, coordenar, reeditar, proótico, proinsulina.

1.2) Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras iniciadas com “h”: anti-higiênico, anti-histórico,  co-herdeiro, extra-humano, pró-hidrotópico, super-homem.

1.3) Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário, super-resistente.

1.4) Com o prefixo sub, diante de palavras iniciadas por “r”, usa-se o hífen: sub-regional, sub-raça, sub-reino.

1.5) Diante dos prefixos além, aquém, bem, ex, pós, recém, sem, vice, usa-se o hífen: além-mar,  aquém-mar, recém-nascido, sem-terra, vice-diretor.

1.6) Diante do advérbio mal , quando a segunda palavra começar por vogal ou h: mal-educado, mal-humorado, mal-intencionado.

1.7) Com os prefixos circum e pan, em palavras iniciadas por vogal, m, n ou h: circum-navegador, pan-americano, circum-hospitalar, pan-helenismo.

1.8) Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise: entregá-lo, amar-te-ei, considerando-o.

1.9) Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por açu, guaçu, mirim: jacaré-açu, cajá-mirim.

1.10)  O hífen é em palavras compostas desprovidas de elemento de ligação, como também naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: azul-escuro, bem-te-vi, couve-flor, guarda-chuva, erva-doce, pimenta-de-cheiro.


2) Casos em que não se emprega o hífen:

2.1) Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente: autoavaliação,  autoescola, autoestima, coautor, infraestrutura, semiárido.

2.2) Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que perderam a noção de composição: mandachuva, paraquedas, paraquedista.

2.3) Não se emprega mais o hífen em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas: fim de semana, café com leite.
Exceções: água-de-colônia, água-de-coco, cor-de-rosa.

2.4) Quando a segunda palavra começar com r ou s, depois de prefixo terminado em vogal, retira-se o hífen e essas consoantes são duplicadas: antessala, antirrugas, antissocial, autorretrato, extrassensorial, contrarreforma, suprarrenal, ultrassecreto, ultrassom, minissaia, minissubmarino, minissérie.

a) O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com r e o segundo elemento começar pela mesma letra: hiper-requintado, inter-regional, super-romântico, super-racista.

b) Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s: anteprojeto, autopeça, contracheque, extraforte, ultramoderno.

2.5) Não se utiliza o hífen quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra consoante diferente: hipermercado, hiperacidez, intermunicipal, subemprego, superinteressante, superpopulação.

2.6) Não se utiliza o hífen diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por consoante, não se emprega o hífen: malfalado, malgovernado, malpassado, maltratado, malvestido.

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