O Fonseca
tem razão: “aprendendo em equipe, aprende-se mais”.
A aquisição de novos conhecimentos e competências torna-se
mais importante à medida que a concorrência se acelera.
É cada vez mais claro que a criação de conhecimento e
competências é uma prioridade administrativa. Esses recursos influenciarão o
nosso futuro através das inovações, de novos produtos e da abertura de novos
mercados. Portanto, tentaremos analisar inicialmente, como essa cooperação pode
se tornar um meio para gerar e gerenciar conhecimentos e competências no
negócio CSC Shoppings.
Como primeiro ponto de atenção temos que, não só apenas os
ciclos de vida dos produtos e serviços estão em constante aceleração nos
setores mais diversos – como multimídia, biotecnologia, equipamentos esportivos
e moda -, mas o mesmo está ocorrendo com a vida útil das competências nas quais
tudo o que foi citado se baseia. Entendo que esse é um dos nossos cenários. Ou
seja, os sucessivos aperfeiçoamentos, tanto nos produtos como nos processos
força as empresas a buscar novas abordagens científicas, novas habilidades e
know-how, e novas competências.
Alguns avanços nesse sentido já estamos experimentando
através do CSC (Centro de Serviços Compartilhados), faltando agora com o dia a
dia dos Shoppings. Agora, o grande desafio está em proporcionar ao negócio
“shopping Center”, sem quebrar as autonomia das ações, através entre as
operações a geração de atitudes onde prevaleçam flexibilidade e inovação.
Cooperação, em geral, e parceria em particular, proporcionam
à organização oportunidades de melhorar seus pontos fortes e desenvolver novas
competências através do apoio de seus parceiros. Esta, digamos, pesquisa
cooperativa, tornará uma espécie de porta de acesso à competências diversas,
para nós e para nossos parceiros.
Pelo que pesquisei nas literaturas de administração de
empresas, as grandes oportunidades proporcionadas por este tipo de cooperação,
alinham-se de acordo com diversas dimensões, dentre as quais estão o efeito de
alavancagem, compartilhamento de custos, redução de riscos financeiros,
aprendizado e aquisição de know-how.
De forma a facilitar a compreensão dessa cooperação, temos:
Oportunidades
|
Riscos
|
Relacionamentos
entre fornecedor e cliente com a perspectiva de compartilhar os
desenvolvimentos futuros
|
Discordância quanto
aos objetivos da cooperação
|
Efeito de
alavancagem
|
Proximidade
excessiva entre parceiros
|
Divisão de custos e
riscos
|
Diferenças nos
modos de trabalho
|
Aprendizagem e
criação de novas competências
|
Equipe, apesar das grandes diferenças entre as
pessoas.
|
As oportunidades e os riscos associados à cooperação possuem
dois pontos motivadores que são a divisão de custos e compartilhamento de
informações de conhecimentos.
O compartilhamento de custos evita a duplicação de
atividades e pode até resultar em economia de escala. Já o compartilhamento de
conhecimentos e informações permite o acesso a conhecimentos comprovados (pelos
dois shoppings envolvidos no processo) e que podem ser novidade para um dos
parceiros.
Finalizando, certamente teremos, nesta cooperativa,
objetivos e motivações:
Principais Objetivos
|
Principais Motivações
|
Evitar duplicidade de pesquisa
|
Custo e equipe
|
Dividir os custos e alcançar economia de escala
|
Custo e equipe
|
Atualizar o domínio das “tecnologias de ponta” do negócio
|
Conhecimento e equipe
|
Ganhar acesso a conhecimentos complementares
|
Conhecimento e equipe
|
Ganhar acesso a uma nova “tecnologia”
|
Custo e conhecimento
|
Trabalho em equipe
|
Trabalho em Equipe
|
Até agora, essas atividades foram consideradas estratégicas,
mas desenvolvidas isoladamente, pois não conseguimos evoluir em nossos projetos
estratégicos. Entretanto, cada vez mais, os desenvolvimento de mercados (São
Luiz, Guarulhos, Mestre Álvaro, e espero que etc), fazem com que essa
cooperação seja essencial para a aquisição de novos conhecimentos e para
satisfazer as necessidades do negócio shopping center.
Desta forma, isso depende da criação de processos
inovadores, entre eles uma atitude mais positiva em relação às contribuições
vindas de todos os lados e uma mudança de atitude em relação à nossa distância.
De todos os pontos que foram listados, relaciono alguns
fatores que são fundamentais neste processo:
1) A
nossa administração deve estimular as especializações internas para avaliar o
nosso potencial e conhecimento.
2) Uma
vez que a relação de cooperação é estabelecida para criar um conjunto de
competências, a constante participação neste processo que cada gestor traz é
crítica.
3) O
desafio mais importante é determinar onde reside o conhecimento e como
reduziremos a nossa distância.
4) A
criação de um comportamento empresarial desejado para o gerenciamento do
conhecimento interno envolve a participação dos gestores, com atenção aos
nossos valores e normas.
A cooperação entre os dois Shoppings, no nosso caso o Tijuca
e o Praia da Costa, em atividades comuns pode ser um bom modo de alcançar este
objetivo. Naquela oportunidade, quando rolou este artigo, analisei as
oportunidades e obstáculos que podem ser encontrados nessa nossa empreitada,
minha e do Antônio César, com a cooperação do Fonseca e do Henrique Denadai,
patroneado pela Lucila.
É possível mudar nossas vidas e a atitude daqueles que nos
cercam simplesmente mudando a nós mesmos. Ou seja, o Fonseca tem razão!! Ele
conseguiu nos mostrar que, antes que eu queira mudar a minha equipe, eu preciso
mudar a mim mesmo. Nós aprendemos a
Fonsequear.
(escrito em julho de 2009)